Toda mãe, pai, professor ou cuidador, certamente passa por situações de conflito no processo de educação da criança. Nesses momentos, é quase irresistível usar de coerção e punições para alterar o comportamento indesejável do pequeno. Mas existe uma forma mais adequada e eficaz para fazer isso – e, principalmente, mais empática.
É a comunicação não violenta (CNV), metodologia criada pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg na década de 1960, e atualmente utilizada em todo o mundo, de famílias a sistemas de Justiça, na mediação de conflitos. A chave para esse tipo de comunicação é o diálogo com EMPATIA. A empatia exige escuta ativa, silêncio e compaixão (não confunda com pena) pela dor alheia.
A partir daí, é possível resolver as questões que nos incomodam sem precisarmos nos esquivar delas, mas ao contrário, fazendo uma confrontação positiva. Marshall Rosenberg diz que evitar o conflito não é a melhor saída, pois a omissão é também uma forma de violência.
A CNV se baseia em quatro passos:
1
– Observar sem julgar;
2 – Identificar sentimentos;
3 – Reconhecer necessidades não atendidas;
4 – Fazer um pedido específico.
Como aplicar com crianças? Veja um exemplo prático:
1 – “Quando vejo seu quarto cheio de brinquedos e roupas jogadas no chão…”
2 – “… me sinto triste…”
3 – “… porque preciso de organização na casa.”
4 – “Você poderia guardar os brinquedos e botar a roupa para lavar depois de usá-las?”
Veja que isso é muito diferente de “Como você é desorganizado, sempre deixa o quarto uma bagunça! Da próxima vez vou jogar tudo fora para você aprender!”